Nesta semana enquanto aguardava o intervalo, uma aluna que em especial desde da primeira aulinha do Círculo me chamou atenção. Pois, ela era conhecida na sala como a aluna que não faz nada, inclusive em uma publicação anterior a mencionei.
Ela veio na sala onde estava e me abraçou e perguntou se teria aula pra ela, respondi que sim. E em seguida ela pegou meu estojo com os pilotos e começou a desenhar no quadro o labirinto.
Foi gratificante e emocionante ver o quanto as aulinhas do Círculo da Matemática estão contribuindo para nossos alunos.
Abordagem para o ensino da matemática de forma participativa, colaborativa e lúdica para estimular o aprendizado, auto-estima e gosto pela matemática. Projeto apoiado pelo Instituto TIM.
domingo, 9 de novembro de 2014
segunda-feira, 3 de novembro de 2014
Porcentagem e Política
Hoje eu tive uma experiência muito
interessante. Decidi trabalhar porcentagem com os meus alunos do 5º ano. E
pensei, como trabalhar esse assunto e aliado a ele aplicar a metodologia do
círculo da matemática? Lembrei que em aulas anteriores trabalhei o conceito de
metade e também o sanduíche. E pensei, vamos começar por aí. Desenhei na lousa
os pedacinhos de chocolate em forma de barra e fomos tentando pensar como
representar cada um deles em fração. E eles foram dando os palpites. Depois eu
disse: - "Nós temos dois cofres na lousa. O primeiro deles é o cofre da
aluna A (coloquei o nome de uma aluna) e o segundo cofre do aluno B (coloquei
outro nome de aluno). Cada aluno ganhou de presente 100, 00 reais. E ambos
decidiram guardar no cofre. A aluna A, tirou 50,00 reais do cofre e deixou 50,00
reais. E o aluno B tirou apenas 20 reais do cofre." E a partir desse
exemplo, eu tentei conversar com eles sobre as diferentes possibilidades de
representar a quantidade de dinheiro que foi retirado e deixado em cada cofre.
Dentre as possibilidades, chegamos na ideia de porcentagem (%). Um dos alunos
disse: - "Tia, eu vi na televisão esse símbolo %. Eu vi durante as campanhas
do candidatos. Como a gente poderia representar isso em relação aos
candidatos?" Eu achei a ideia desse aluno muito interessante e novamente
coloquei na lousa dois candidatos, o A e o B. E eles disputavam pra ser governador
do Rio de Janeiro. Eu coloquei que no Rio de Janeiro, hipoteticamente e deixei
claro para eles que haviam muito mais habitantes, havia 50.000 pessoas e todas
votaram. E disse que o candidato A recebeu 70% dos votos e o B 30%. E perguntei
quantas pessoas votaram no A e quantas votaram no B. E houve debate na turminha
pra decidir a quantidade de candidatos. E para auxiliar o raciocínio eu
perguntei: - “Quanto é 70 + 30?” Eles disseram que 100. E eu disse que esse 100
representaria o total, mas no caso do Rio de Janeiro nosso total seria 50.000
pessoas. E eles foram observando quanto deveria ir para cada candidato. E eu
achei bem interessante a forma como eles se organizaram para decidir. Deram
vários palpites e eu fui anotando cada um deles e para confirmar se estava
correto eles contavam o número de pessoas do A e do B para confirmar se daria
50.000 pessoas. O legal dessa aula foi a iniciativa dos alunos em estudar
porcentagem a partir da política. Eles viram na televisão durante essas semanas
e perguntaram como poderíamos aplicar esse assunto em política. E achei
interessante mostrar dessa forma. Sei que eu poderia ter usado outra maneira e
confesso ter tido um pouco de receio em aplicar dessa forma, por pensar que
seria “um pouco complicado ainda”. Aceitei o desafio e trabalhei e me
surpreendi bastante. Podemos considerar uma coisa, nós não devemos ter medo ou
receio de trabalhar nenhum assunto com as crianças, desde que elas queiram.
Elas podem muito mais do que pensamos. Essa aula foi interessante para eles,
mas para mim ultrapassou o conteúdo trabalhado, por que foi uma lição de vida
na minha caminhada como professora. Aprendi que não podemos subestimar a
capacidade das crianças. Elas são capazes e nós estamos lá para ajuda-las.
Karolynne Barrozo (Fortaleza – Ce)
domingo, 2 de novembro de 2014
Sanduíche!
Nesta semana uma de minhas aulas foi sobre o sanduíche. Comei a aula perguntando como foi o final de semana deles, depois contei que no meu havia acontecido um probleminha e que queria que eles me ajudassem a resolve-lo . Disse que fui caminhar com minha irmã, e que estava morrendo de fome, quando achamos um tendinha que vendia sanduíches, que pedimos 2, porém eles haviam vindo repartido de formas diferentes , e como eu estava com muita fome queria comer o maior, mas não sabia qual era o maior, pedi à eles que me ajudassem a descobrir, em seguida desenhei o formato dos sanduíches no quadro. Perguntei qual sanduíche era maior, a turminha ficou divida, entre o sanduíche repartido em quadrados e o em triângulos, então um deles me surpreendeu com a resposta, ele me disse que era a mesma coisa , pois ambos estavam cortados em quadro partes, e que estas partes eram iguais, escrevi sua resposta no quadro, quando me deparo com mais crianças mudando de ideia e aderindo a dele, a cada uma que pedia para mudar a pontuação, pedia que me provasse por que achava que o coleguinha estava certo e como, e assim fomos levantando hipóteses, e provando como e se era possível.Certo momento surgiu outra questão , como eu havia desenhado os sanduíches um do lado do outro, um coleguinha fez a relação do tamanho que a base do triangulo possui com a quantidade repartida do sanduíche divido em quadrados, ele disse que se ele comesse uma lateral do sanduíche repartido em triângulos seria igual a comer duas parte do sanduíche repartido em quadrados , pois a área da base do triangulo era igual a lateral do sanduíche em quadradinhos, então desenhei um triangulo grande e disse que aquele triangulo equivaleria um pedacinho do sanduíche e sobre esse triangulo desenhei um quadrado para que eles percebessem que sobrava um parte igual a outra metade do triangulo. Até que todos resolveram que a única coisa que havia de diferente nos sanduíches era o formato pois segundo eles ambos tinham a mesma quantidade de “pão”.
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